A partir dos anos 80 o mercado da música mudou com a chegada da MTV e a explosão de videoclipes. Na época, não bastava lançar um disco, single e fazer uma turnê para divulgar o novo material. A criação de um clipe já era algo obrigatório. E com o passar do tempo, muitos artistas aproveitaram essa ferramenta de divulgação para também criar novos conceitos, interagir com o público e, em alguns casos, com ou sem intenção, polemizar.
Nesta lista de polêmicos, alguns dos maiores nomes da música Pop roubam a cena. São os casos de Madonna, Lady Gaga, entre outros.
Abordando temas difícieis ou simplesmente explorando imagens fortes, esses videoclipes também marcaram época pelo impacto que causaram. Alguns levaram várias premiações, outros chegaram a ser excluídos de programações de TV e do site Youtube.
O novo e talvez maior fenômeno da música Pop dos últimos anos, Lady Gaga vem focando suas forças em seus mais recentes videoclipes, do disco “The Fame Monster”.
Foi assim com a canção Telephone (feat. Beyoncé), um curta de aproximadamente 10 minutos que estabeleceu um novo padrão de superprodução para os vídeos musicais, nos dias de hoje.
Agora, com Alejandro, aposta em imagens fortes para criar uma nova polêmica: seu clipe é inovador ou apenas superestimado?
A menção a símbolos religiosos em algumas cenas deixou muitas pessoas desconfortáveis. Menos de 24 de horas após o lançamento de Alejandro, seu diretor Steven Klein se apressou em explicar algumas cenas. Em entrevista, ele disse que o simbolismo religioso não trazia nada de negativo, mas apenas uma representação da batalha da personagem entre forças obscuras e a salvação de sua alma.
Bem, mesmo explicando bastante, é inegável até mesmo para o diretor que algumas cenas têm conteúdo sensual, até demais da conta. Não é à toa que Lady Gaga tem agora mais um troféu para sua coleção: o do videoclipe mais polêmico de 2010.
Assista o clipe AQUI.
M.I.A. – Born Free
A cantora é M.I.A. é polêmica e todo mundo sabe disso. Porém, ela voltou este ano mostrando que sempre pode surpreender seu público.
O clipe da canção Born Free é o mais recente desta lista e nem por isso o menos polêmico. Talvez, seja um dos mais. Tanto que a obra do diretor francês, Romain Gavras, traz diversas metáforas políticas, mas nem por isso foi bem recebido.
Para se ter uma ideia, Born Free chegou a ser excluído do canal de vídeos Youtube e hoje faz parte de conteúdo liberado apenas para maiores de idade.
E por que o clipe de M.I.A. é considerado tão polêmico? As cenas de violência falam por si só. Adolescentes são mortos por policiais e ao pisar em minas. Tudo é mostrado sem cortes.
Para muitas pessoas, Born Free extrapola no uso da violência. Um dos jovens atores “mortos” no clipe, chegou a sair em defesa da cantora ao falar que o clipe “mostra violência para acabar com a violência”.
Assista o clipe AQUI.
Madonna – Like A Prayer
Um clipe tão polêmico quanto famoso, Like A Prayer de Madonna é o mais antigo de nossa lista.
Dirigido por Mary Lambert, Like A Prayer ganhou prêmios e críticas. Suas referências religiosas incomodaram muitas pessoas, mas o conjunto da obra também tornou Like A Prayer um dos maiores de seu tempo.
O clipe ficou com a primeira posição dos “100 Vídeos que Quebraram Regras”, lista criada pela MTV. Já o canal VH1 considerou Like A Prayer o segundo melhor videoclipe da história, atrás apenas de Thriller, de Michael Jackson.
O clipe gerou muita polêmica na época de seu lançamento (1989), pois algumas pessoas fizeram uma leitura errada de seus elementos. No vídeo, Madonna reza para um santo negro (São Martinho de Porres), beija a imagem, que chora, e vem a vida.
Muitas pessoas interpretaram a imagem de São Martinho de Porres como uma versão negra de Jesus Cristo. Devido a isso, muitos criticaram a passagem em que o santo beija Madonna.
Assista o clipe AQUI.
Marilyn Manson – (s)Aint
Poderíamos incluir o nome de Marilyn Manson na lista dos vídeos mais polêmicos da música simplesmente pelo conjunto de sua obra, repleta de títulos que ou foram críticados por setores da sociedade por suas mensagens ou banidas das programações de canais musicais devido às fortes imagens.
Porém, temos que escolher um clipe para representar o que todos os trabalhos de Manson têm de polêmico. E o grande escolhido foi da canção (s)AINT, do ano de 2003.
Antes de assistir ao clipe, poderíamos resumí-lo para vocês com a seguinte informação: existem cenas com drogas, auto-mutilação, nudez e sexo. Ou seja, com certeza (s)AINT não é um dos clipes mais leves que você pode assitir.
Para se ter uma ideia da censura que o clipe sofreu, depois de ser banido nos Estados Unidos, o grupo lançou uma versão “comportada” para a Tv.
Porém, Marilyn Manson não desistiu de mostrar a obra sem cortes para seu público e junto com o lançamento da coletânea “Lest We Forget”, lançou um DVD extra com a versão sem qualquer censura de (s)AINT. Porém, um detalhe importante merece ser citado: essa versão podia ser comprada apenas no site de Marilyn Manson.
Assista o clipe AQUI.
Nine Inch Nails – Closer
Para a história da própria banda, poucos clipes tiveram tanta influência para o sucesso quanto Closer tem para o Nine Inch Nails. O grupo chamou muita atenção na época com este videoclipe, que para passar na televisão teve diversas imagens cortadas.
Closer é um daqueles raros casos que música e clipe se confundem, pois fica difícil imaginar a canção sem suas fortes cenas.
O próprio líder da banda, Trent Reznor, fez um comentário que reforça esta ideia. “A coisa mais difícil aconteceu: a canção soou melhor para mim, assistindo o videoclipe. E a música é minha”.
Closer faz referência aos mais diversos temas: religião, sexualidade, terror, etc. Porém, algumas imagens se destacam mais neste clipe.
As cenas de nudez trazem referências ao sadomasoquismo, além de uma passagem bem polêmica: uma mulher nua usa uma máscara com um crucifixo. Em outros momentos, vemos um macaco preso a um crucifixo e tudo isso filmado como se fosse um verdadeiro filme de terror.
Assista o clipe AQUI.
Pearl Jam – Jeremy
Alguns vídeos podem ser polêmicos, mas nem por isso ganharem menos reconhecimento pelo problema que levantam. Este é o caso de Jeremy, hit dos anos 90 da banda Pearl Jam e que com seu videoclipe levantou o debate sobre o “bullying” (termo em inglês para atos de violência de um grupo contra uma pessoa) nas escolas.
E clipe da canção resume o que pode vir a ser a consequência deste problema, ainda atual, com o “bullying” pela internet.
No clímax do vídeo, o personagem “Jeremy” atira contra a própria boca na frente de seus colegas de classe e em seguida é mostrada uma imagem congelada dos alunos cobertos de sangue.
Mesmo com essa cena forte, o clipe dirigido por Mark Pellington foi premiadíssimo, com destaque para o MTV Music Awards, onde levou os prêmios de “Melhor Vídeo do Ano”, “Melhor Vídeo de Grupo”, “Melhor Vídeo Metal/Hard Rock” e “Melhor Direção”.
Assista o clipe AQUI.
Rammstein – Pussy
O videoclipe de Pussy poderia ser muito bem encontrado na seção de filmes eróticos de qualquer loja online ou locadora. As cenas do recente single da banda alemã Rammstein são claras e diretas: enquanto aparecem tocando com roupas de latex, os integrantes da banda também são mostrados em diversas cenas sexo. Mas, nessas cenas eles foram substituídos por dublês de corpo.
Como era de se esperar, a versão censurada teve as imagens de sexo excluídas, mas ainda assim consegue manter o clima erótico.
Uma coisa é fato: não se pode chamar o grupo alemão de incoerente, uma vez que a letra de Pussy (gíria em inglês para “vagina”) fala abertamente sobre sexo.
E como não poderia ser diferente, parte por toda essa promoção gerada pelo videoclipe de Pussy, o Rammstein garantiu o primeiro lugar na parada de singles da Alemanha.
Assista o clipe AQUI.
Robbie Williams – Rock Dj
O verão britânico do ano de 2000 não foi o mesmo depois do lançamento do single Rock Dj, de Robbie Williams.
Mas, mais do que chamar a atenção do grande público com suas melodias, o novo single apresentava um clipe que chocou muitas pessoas e por isso foi tirado do ar em inúmeros canais.
No vídeo, Williams tenta chamar a atenção de uma Dj fazendo strip tease. Porém, após tirar todas suas roupas, o cantor começa a tirar sua própria pele, músculos, até o momento que sobra apenas seu esqueleto. Enquanto na Europa a maioria dos canais baniu o vídeo, os que tomaram coragem de mostrá-lo, fizeram-o com versões editadas.
Para se ter uma idéia do impacto do clipe, ele ganhou notoriedade até mesmo nos Estados Unidos, onde Robbie Williams sequer havia lançado o single. Talvez por esse motivo, Rock Dj tenha ingressado na parada da Billboard e é até hoje um de seus maiores sucessos.
Assista o clipe AQUI.
The Prodigy – Smack My Bicht Up
Podemos resumir o clipe do grupo eletrônico The Prodigy com os seguintes elementos: sexo, drogas e violência. Tudo filmado na percepção de primeira pessoa, como se o espectador fosse o personagem que vive tudo isso.
Para alguns uma ideia brilhante. Para outros exagerada, pecando no excesso. De qualquer forma, não há dúvidas de que Smack My Bitch Up é um dos clipes mais polêmicos dos anos 90 e merece um lugar em nosso especial.
O vídeo dirigido por Jonas Åkerlund traz em sua versão original, imagens de violência e uso de drogas, que depois foram editadas.
E para completar, o videoclipe traz uma surpresa no final para quem o assiste. O personagem leva uma stripper para casa e tem relações com ela. Porém, quando ele se olha no espelho, vemos que se trata de uma mulher.
Assista o clipe AQUI.
The Strokes – Juicebox
O grupo The Strokes surpreendeu seu público com o clipe de Juicebox. Sempre comportados e em clipes com pouca história e mostrando sempre a banda tocando, desta vez os nova iorquinos resolveram inovar.
A música pode não ser uma das mais famosas do grupo, mas acabou recebendo maior atenção até mesmo pelo videoclipe que estreou chamando bastante atenção.
Em Juicebox, temos cenas de sexo explícitas e entre pessoas do mesmo sexo. O vídeo dirigido por Michael Palmieri acabou tendo que ser editado para então passar na televisão.
Após o lançamento de Juicebox nos canais musicais, Palmieri não perdeu tempo e soltou críticas. Um dos alvos foi a MTV dos Estados Unidos e sua censura ao clipe original.
Via: Vagalume
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