Você sabe até quando vai viver? Será que já é possível, ainda que de forma aproximada, definir o momento da última viagem? Continuo achando remotíssima essa possibilidade, mas a empresa espanhola Life Length acaba de anunciar aos quatro cantos do mundo que já é possível precisar quantos anos de vida teremos pela frente. Através de um exame de sangue, segundo a Life, podemos medir o tamanho dos telômeros, que são as extremidades dos cromossomas de cada pessoa.
A especialista Maria Blasco, coordenadora do Grupo de Telômeros e Telomerase do Centro Nacional de Pesquisa sobre câncer da Espanha e co-fundadora da Life Length, descobriu no telômero um marcador biológico do envelhecimento, uma espécie de relógio, que se não revela o dia exato da morte, assegura o tempo aproximado que resta a cada um. Telômero maior, mais tempo de vida. Telômero menor, vida mais curta. Simples assim!
Mas o que é um telômero? De acordo com a Wikipédia, “os telômeros ou telómeros (do grego telos, final, e menos, parte) são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não codificante que formam as extremidades dos cromossomas. Sua principal função é manter a estabilidade estrutural do cromossoma. Os telômeros estão presentes principalmente em células eucarióticas, visto que o DNA das células procarióticas formam cadeias circulares, logo não têm locais de terminação, embora existam exceções: existem bactétias com DNA linear e que possuem telômeros. Cada vez que a célula se divide, os telómeros são ligeiramente encurtados. Como estes não se regeneram, chega a um ponto em que não permitem mais a correta replicação dos cromossomas e a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão. O encurtamento dos telômeros também pode eliminar certos genes que são indispensáveis à sobrevivência da célula ou silenciar genes próximos. Como o processo de renovação celular não tolera a morte das células antes da divisão correta das mesmas, o organismo tende a morrer num curto prazo de tempo no momento em que seus telômeros se esgotam”.
De acordo com o estudo que Maria Blasco publicou na revista especializada Scientific American, telômeros mais curtos estariam associados a doenças respiratórias, circulatórias e ainda à obesidade, stress ou Alzheimer. Teorias de envelhecimento documentam a associação de telômeros mais curtos com o envelhecimento e suas consequências, como a perda de vitalidade, sistema imunológico debilitado e falência progressiva dos órgãos. Daí a importância de saber o tamanho dos telômeros “ou nossa idade fisiológica antes mesmo de algumas doenças aparecerem”, teoria contestada por médicos que não concordam que o telômero seja determinante para o envelhecimento, e o consideram mero indicador do tempo que resta.
Ouvida sobre o assunto, a psicanalista e filósofa Samanta Obadia não acredita no pleno sucesso do teste e afirma:
- Como toda descoberta científica, esta provocará a curiosidade das pessoas. A ciência evoluiu, mas não a este ponto. Vejo nisso uma publicidade maior do que a verdade, visto que ainda não há comprovações reais. A indústria médica-farmacêutica é uma das mais poderosas e isso deve ser levado em conta, pois a propaganda costuma ser maior que o fato em si.
Será que vale a pena saber até quando vamos viver? Na minha opinião seria como caminhar no corredor da morte. E você, o que acha?
Fonte: Opinião e Notícia
Mas o que é um telômero? De acordo com a Wikipédia, “os telômeros ou telómeros (do grego telos, final, e menos, parte) são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não codificante que formam as extremidades dos cromossomas. Sua principal função é manter a estabilidade estrutural do cromossoma. Os telômeros estão presentes principalmente em células eucarióticas, visto que o DNA das células procarióticas formam cadeias circulares, logo não têm locais de terminação, embora existam exceções: existem bactétias com DNA linear e que possuem telômeros. Cada vez que a célula se divide, os telómeros são ligeiramente encurtados. Como estes não se regeneram, chega a um ponto em que não permitem mais a correta replicação dos cromossomas e a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão. O encurtamento dos telômeros também pode eliminar certos genes que são indispensáveis à sobrevivência da célula ou silenciar genes próximos. Como o processo de renovação celular não tolera a morte das células antes da divisão correta das mesmas, o organismo tende a morrer num curto prazo de tempo no momento em que seus telômeros se esgotam”.
De acordo com o estudo que Maria Blasco publicou na revista especializada Scientific American, telômeros mais curtos estariam associados a doenças respiratórias, circulatórias e ainda à obesidade, stress ou Alzheimer. Teorias de envelhecimento documentam a associação de telômeros mais curtos com o envelhecimento e suas consequências, como a perda de vitalidade, sistema imunológico debilitado e falência progressiva dos órgãos. Daí a importância de saber o tamanho dos telômeros “ou nossa idade fisiológica antes mesmo de algumas doenças aparecerem”, teoria contestada por médicos que não concordam que o telômero seja determinante para o envelhecimento, e o consideram mero indicador do tempo que resta.
Ouvida sobre o assunto, a psicanalista e filósofa Samanta Obadia não acredita no pleno sucesso do teste e afirma:
- Como toda descoberta científica, esta provocará a curiosidade das pessoas. A ciência evoluiu, mas não a este ponto. Vejo nisso uma publicidade maior do que a verdade, visto que ainda não há comprovações reais. A indústria médica-farmacêutica é uma das mais poderosas e isso deve ser levado em conta, pois a propaganda costuma ser maior que o fato em si.
Será que vale a pena saber até quando vamos viver? Na minha opinião seria como caminhar no corredor da morte. E você, o que acha?
Fonte: Opinião e Notícia
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